A Rainha da Bélgica, Mathilde Maria Cristiana Gislaine d’Udekem d’Acoz, ficou impressionada com nova tecnologia usada pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades na resposta aos desastres naturais, que vem afecatando ciclicamente Moçambique.
Ontem, quarta-feira, seis de Fevereiro, ela visitou o Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), braço operativo do INGC, onde para além de se inteirar do projecto de uso de drones para a gestão das calamidades naturais, a Rainha Mathilde teve explicação por parte da Directora Geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Augusta Maita, e dos técnicos responsáveis, sobre o funcionamento destes instrumentos.
Não só, a directora geral do INGC apresentou os resultados do projecto, bem como os desafios que se colocam no processo de gestão de desastres com o recurso às tecnologias inovadoras.
A Directora Geral referiu que é graças a estes veículos não tripulados que o país tem vindo a dar a devida resposta aos fenómenos naturais, pois com base nos drones, é possível voar para as zonas afectadas, onde os técnicos não conseguem chegar, e trazer a real situação com maior rapidez possível, e dai responder de acordo com às necessidades de cada local.
Na ocasião, a dirigente apontou algumas dificuldades inerentes a utilização destas tecnologias inovadoras, a destacar a falta de pilotos licenciados, a falta de um regulamento específico para veículos não tripulados, a falta de conhecimento por parte das comunidades sobre o projecto de drones, entre outros.
“Temos também, o desafio de consolidar o mapeamento das zonas de risco usando drones. Queremos, igualmente, continuar a alargar as capacitações do uso de drones para assistência humanitária aos níveis locais e assegurar o funcionamento e a sustentabilidade”,
Na sua intervenção, a Rainha Mathilde procurou saber, da DirectoraGeral do INGC, como é que a instituição coordena a gestão dos desastres, assim como questionou se tem alguma componente de assistência à saúde e educação.
Em resposta a isso, Augusta Maita disse que o INGC conta com o apoio dos parceiros de cooperação, que se têm mostrado fiéis em ajudar o país na redução dos impactos causados pelos fenómenos calamitosos, para além de que tem representações em todas as províncias e alguns distritos.
Acrescentou, igualmente, que um dos principais objectivos do INGC é assegurar que todas as vítimas de calamidades estejam bem, dai que afirmou que a instituição que dirige está a reflectir, junto com o seu parceiro o Banco Mundial, para assegurar sempre as componentes saúde e educação em situação de desastres.
De referir que o projecto de drones tem apoio do Reino da Bélgica, por via do Programa Mundial da Alimentação (PMA).