Perto de 2,2 milhões de pessoas em risco
Aproximadamente 2.2 milhões de pessoas poderão ser afectadas por chuvas fortes, ventos, inundações, cheias e até ciclones tropicais, na presente época chuvosa no país.
Segundo uma análise conjunta do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos e do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), as intempéries poderão atingir parte da região sul e centro do país.
Os dados foram partilhados ontem, na cidade de Maputo, pela Presidente do INGD, Luísa Celma Meque, na abertura do Conselho Coordenador de Gestão e Redução do Risco de Desastres, orientado pelo Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, para avaliar os possíveis cenários a observar na época chuvosa 2022-2023.
Meque indicou que o número de pessoas a serem afectadas pelas tempestades, este ano, poderá superar o do período chuvoso 2021-2022, que foi de certa de 1.5 milhões de pessoas, uma vez que se prevê a ocorrência de cheias de magnitude alta, aliado ao facto de algumas bacias hidrográficas continuarem carregadas.
Neste contexto, apontou para a necesidade de se redobrar a atenção e sensibilizar a população residente nas zonas ribeirinhas a abandonar as zonas de risco para evitar a perda de vidas humanas.
“Na época chuvosa passada tivemos problemas com o Licungo e este ano, temos que estar atentos porque há probalidade de ocorrência de mais inundações e cheias”, alertou.
A governante indicou ainda para o risco elevado de surgimento de casos de malária e diarreias em quase todas as províncias do país.
Na ocasião, a dirigente referiu que para fazer à face época chuvosa são necessários cerca de 12.5 mil milhões de meticais, dos quais só estão disponíveis 5.1 mil milhões em numerário e equipamentos de abrigo e salvação.
“Ainda estamos com um défice de 7.4 mil milhões de meticais. Assim, com a aprovação do plano de contingência a nível do Conselho Coordenador de Gestão e Redução do Risco de Desastres, nós teremos que lançar o desafio junto dos parceiros para começar a mobilização de recursos”, disse.
Fonte Jornal Noticias, 15/11/77