150 milhões de dólares é quanto Moçambique perdeu anualmente ao longo das últimas duas décadas devido aos desastres naturais. Este dado foi apresentado há instantes, em Nampula, pelo Presidente da República, no discurso de lançamento do Centro de Operações Humanitárias e de Emergência da SADC, COHE.Filipe Nyusi citava um estudo realizado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que, na opinião do estadista moçambicano, mostra que o investimento na construção do COHE não só se justifica por razões humanitárias, mas também por razões de índole económico e social. No seu discurso, o também Presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral não se esqueceu dos mais recentes ciclones que fustigaram Moçambique, tendo destacado particularmente o ciclone Idai, que em 2019, atingiu três países da África Austral, nomeadamente Moçambique, Malawi e Zimbabwe, causando morte e destruição de infaestruturas. Nyusi agradeceu o apoio da SADC e do mundo, mas chamou atenção para os desafios que se aproximam.“Tudo indica que esta ocorrência cíclica de eventos climáticos extremos será permanente e de maior intensidade e devastação”, avisou Nyusi, apelando a solidariedade entre os Estados-membros da SADC.Baseado na cidade portuária de Nacala-Porto, província de Nampula, o COHE terá como enfoque a coordenação de preparação de resposta, actividades de recuperação rápida para apoiar os Estados-membros afectados e fazer a mobilização rápida das equipas de resposta.