A Presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Destastres (INGD) apelou esta manhã (26 de Maio) a uma gestão sustentável do meio ambiente, alertando para o risco de sermos “julgados pelas gerações futuras”, caso o meio ambientes continue a “degradar-se a esse ritmo”. Luísa Meque falava na abertura da reunião virtual dos ministros responsáveis pela gestão de riscos de desastres ao nível dos países da SADC.A Presidente do INGD enfatizou que a maioria dos impactos que o mundo, no geral, e a região, em particular, enfrentam resultam da má gestão do meio ambiente pelas gerações anteriores e também pela actual. Como tal, exortou os Estados-Membros a continuarem a implementar medidas para mitigar a degradação ambiental.A timoneira do INGD reconhece o esforço dos países da região no sentido de assegurar a protecção de vidas, bens e infra-estruturas contra os desastres, e defende que não se pode baixar a guarda. “Há que trabalhar ainda mais, já que não se pode esperar que os desastres abrandem”, desafiou.A região da África Austral é a prova de que os desastres não mostram indícios de abrandar. Em Janeiro deste ano, Moçambique foi fustigado pelo ciclone Eloise, que, de acordo com a Presidente do INGD, deixou mais de 260 mil pessoas com necessidades urgentes de assistência humanitária. Depois de atingir Moçambique, o ciclone fustigou ainda Botswana, Eswatini, África do Sul, Zâmbia e Zimbabwe, numa altura em que a capacidade de resposta estava reduzida, pois os recursos estavam sobrecarregados pela luta contra a Covid-19.“Isto só demonstra a enorme responsabilidade que temos como Estados-Membros em assegurar a afectação de capacidades e recursos necessários para proteger as nossas comunidades contra estes desastres recorrentes”, referiu a dirigente. INGD