A VIII Reunião Nacional dos Administradores Distritais, que decorre desde ontem 06 de Outubro em Moatize, na província de Tete, tem sido marcada por debates em torno de vários temas atinentes à boa governação. Mas, porque a realidade assim o impõe, houve espaço para um debate sobre a Gestão de Emergência e Calamidades.A Presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Celma Meque, foi responsável pela moderação do mesmo, num painel, composto por Maria Roque, Assuende Falume, Oliveira Amimo e Eduardo Samo Gudo.Maria Roque é administradora do distrito de Dondo, na província de Sofala, e partilhou sua experiência na gestão dos danos provocados pelo ciclone Idai, em 2019. Assuende Falume e Oliveira Amimo são, respectivamente, administradores dos distritos da Mocímboa da Praia e Chiúre, em Cabo Delgado, e também falaram da sua experiência na gestão dos deslocados internos vítimas da violência terrorista. Já Eduardo Samo Gudo é director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde (INS), instituição que lidera os esforços visando travar a propagação da Covid-19 em Moçambique.Depois da intervenção dos painelistas, a moderadora Luísa Celma Meque destacou a “evolução acentuada” dos recursos aplicados na resposta aos desastres no país, que resulta do desvio de aplicação de fundos que em condições normais, seriam aplicados em projectos de investimentos.Face à necessidade de assistência alimentar e Psico social provocada pelos fenómenos acima arrolados (desastres naturais, terrorismo e a pandemia da Covid-19), Luísa Celma Meque defendeu “coordenação e colaboração de forma integrada e multissectorial” e a optimização da qualidade das respostas na priorização das acções.A presidente do INGD considera que o debate trouxe “subsídios importantes” para o processo de Gestão e Redução do Risco de Desastres. À este propósito, fez saber que o INGD já está de olhos postos na próxima época chuvosa e ciclónica, estando neste momento em elaboração, o plano de contingência para fazer face as previsões avançadas pelo INAM, que apontam para chuvas normais com tendência para acima do normal nas regiões centro e sul do país .A esta altura, decorre a activação dos Conselhos Técnicos de Gestão de Desastres e dos Comités Locais de Gestão de Risco de Desastres, bem como o pré-posicionamento de meios e bens nas zonas de maior risco para uma rápida assistência concidadãos.