A directora do Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), Ana Cristina Manuel, está em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, onde participa do Evento Paralelo do Centro de Redução de Riscos “Mobilidade Humana no Contexto de Desastres”, inserido na avaliação da implementação do Quadro de Sendai.
Como oradora num dos painéis do evento que tem lugar na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), Ana Cristina Manuel foi instada a responder que estratégias devem ser adoptadas pelos Governos para preparar o deslocamento pós-desastres.
Em resposta, a responsável apontou a necessidade de “pôr em prática as políticas e estratégias que permitam evitar o deslocamento e, quando não o puderem evitar, ajudá-las a reconstruir as suas vidas”.
“Assim tem estado o Governo de Moçambique a proceder”, sublinhou a directora do CENOE, antes de mencionar acções concretas que têm sido levadas a cabo no País, nomeadamente: mapear e avaliar o risco de deslocamento, encorajar a retirada voluntária de áreas de alto risco, fortalecer sistemas de aviso prévio e assegurar que estes sejam centrados nas pessoas (“people centered”).
Estas medidas, acrescentou, estão estabelecidas dentro do Quadro Legal sobre Gestão e Redução de Risco de Desastres, cuja implementação, em Moçambique, é responsabilidade do INGD.
Nos EUA, Ana Cristina Manuel destacou o papel do INGD – à todos os níveis – na prevenção de desastres e na mitigação dos seus efeitos. “O ciclone Freddy – assolou duplamente o País no primeiro trimestre de 2022 – criou muitos impactos humanos e infra-estruturais, que se calhar, teriam sido piores se não estivéssemos preparados”, revelou.