O Governo moçambicano aprovou o plano de contingência para a época chuvosa 2021-2022, que poderá afectar pouco mais de 1 milhão de pessoas. A aprovação do plano aconteceu no decurso da 37a sessão do Conselho de Ministros, sendo que o mesmo apresenta os principais riscos, ameaças, possíveis impactos socio-económicos, e não só.A informação, partilhada pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, indica que o plano de contingência 2021-2022 inclui cenários da população em risco, as acções multi-sectoriais, redução de vulnerabilidade aos riscos e ameaças, bem como os meios humanos, materiais e financeiros disponíveis e necessários para a assistência humanitária e a rápida recuperação pós-desastres.Segundo Suaze, dos cálculos feitos em função de ocorrências de cenários anteriores, serão necessários cerca de 10 mil milhões de meticais para a execução cabal do plano de contingência 2021-2022, que é precisamente o número que já havia sido adiantado pela Presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Celma Meque.“E em termos de valores envolvidos, está-se a trabalhar até este momento com valores aproximados de 10 milhões de meticais. O nosso país e a região têm recorrentemente sido alvo destes eventos naturais. Na combinação dessas informações, há previsões de que venham a ser afectadas cerca de 1 milhão e seiscentas mil pessoas e que tenhamos chuvas, ventos fortes, inundações urbanas, seca”, disse Filimão Suaze, que ainda alertou para a eventualidade de ocorrência de cheias e ciclones.As experiências dos anos anteriores foram determinantes para que se tivesse ideia das necessidades, que também são influenciadas pela prevalência de deslocados de guerra devido ao terrorismo e à instabilidade na zona centro do país. INGD