A presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, dirigiu nesta terça-feira a cerimónia de abertura da capacitação sobre dados relativos a perdas causadas por desastres, monitoria do Sendai e análise de dados espaciais, na cidade de Maputo. Meque frisou que, apesar de esforços e avanços, muito ainda precisa de ser feito para a redução da vulnerabilidade do país, através da adaptação e criação da resiliência aos eventos extremos.
No decorrer do evento, Luisa Meque avançou que Moçambique se encontra na terceira posição dos mais expostos aos desastres relacionados com o clima no seio dos países africanos, razão que forçam o país a adoptar acções com vista a enfrentar os eventos extremos e desastres que ciclicamente nos afectam e destroem infra-estruturas sociais e privadas.
“O nosso país tem estado a levar a cabo uma série de acções no concernente ao cumprimento das metas do quadro de Sendai, a título de exemplo, desenvolveu um pacote de instrumentos de política e quadro legal para a redução do risco de desastres, entre estes, destacam-se o Plano Director de Redução do Risco de Calamidades, a Lei de Gestão e Redução do Risco de Desastres, Estratégia dos Comités Locais de Gestão do Risco de Desastres, Fundo de Gestão de Calamidades entre outros”, referiu.
A situação exige também do país a mobilização de recursos para desenvolver acções com mais robustez, o que resultará em resiliência. No entanto, aos olhos de Meque, é necessário criar capacidade local para melhor análise das vulnerabilidades, mapeamento ao detalhe das áreas de risco e a contabilização das perdas e danos causados por eventos extremos.
“Precisamos ainda de capacidades locais para monitorarmos a nossa evolução no concernente ao cumprimento das metas do quadro de Sendai, de forma contínua e consistente”, acrescentou.