“Mecanismos de aceleração da cobertura do aviso prévio” é o tema que esteve ontem, 03 de Dezembro, em debate no pavilhão de Moçambique, no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que decorre no Dubai.
Na ocasião, foram apresentadas soluções para a melhoria dos sistemas de alerta precoce multi-riscos centrados nas pessoas, inclusivos e de ponta a ponta.
Houve espaço para partilhar, através de experiências vividas, a importância de sistemas de aviso prévio inclusivos e centrados nas pessoas, com base em exemplos e boas práticas.Igualmente, foram discutidas formas concretas de ampliar os sistemas de aviso prévio, com o objectivo de concretizar da iniciativa EW4A, que visa garantir que todas as pessoas, em todo o mundo, estejam cobertas por uma espécie de seguro de vida.
Outros aspectos a que os painelistas fizeram menção tem que ver com a necessidade do monitoramento dos eventos passados de modo a elaborar-se modelos e diagramas para identificar perigos futuros.
Defenderam ainda a necessidade de conhecer as vulnerabilidade primárias das comunidades, o que basicamente está interligado com a vulnerabilidade sócio-económica.
A transformação digital das instituições que intervêm na gestão e redução do risco de desastres, a telemetrização das estacões de aviso prévio de cheias e a cooperação internacional na gestão das bacias hidrográficas são aspectos determinantes para um sistema de aviso prévio funcional, destacou-se no evento.
O debate foi moderado por Benvindo Nhanchua, do Programa Mundial de Alimentação em Moçambique, e contou com a participação de Adérito Celso Aramuge, Director Geral do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Rita Almeida, Directora de Planificação e Cooperação no Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) , Edgar Chongo, Director Geral da Ara Sul, e José Domingos Gonzalez, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.